segunda-feira, 26 de maio de 2014

Entrevista com Márcio Borges e Alexandre Carauta



#onegocioeesporte dessa semana conversa com o vice-presidente da WMcCann, Márcio Borges e o professor de #marketingesportivo da PUC-Rio, Luiz Leo. Eles nos contaram o que mudou na publicidade desta #CopadoMundo para as anteriores.

Você pode ouvir essa entrevista na íntegra no domingo às 21h na Bradesco Esportes FM Rio 91,1 ou acessando o nosso site www.onegocioeesporte.com.br


https://www.youtube.com/watch?v=AualGWSXFqw#t=20

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Entrevista para mídias locais PUC-Rio: Copa para quem ?


quinta-feira, 15 de maio de 2014

Entrevista com Luiz Léo - PUC-Rio



Em entrevista para nosso blog, o professor das matérias Midias Globais e Marketing Esportivo da PUC - Rio, posicionou-se em relação à Copa do Mundo que ocorrerá no Brasil no mês de junho deste ano.

Como profissional, ele vê uma possibilidade de um grande crescimento e reconhecimento do mercado no país e, como o Brasil se comprometeu com esta missão com o mundo todo, deve sim honrá-la. Mas, claro, nunca querer realizar algo acima do que podemos oferever.

Como cidadão brasileiro, ele afirma que há exageros. Tudo que se faz no Brasil, tem ausência de planejamento, é contraditório e insano.
Como trabalha também na Tijuca, bairro do estádio do Maracanã, pode ver o trem, por exemplo, à 45 dias da Copa, ainda em obra. Isso é uma vergonha.

Segundo ele, a forma de se realizar o evento é ruim, com investimentos públicos e custos astronômicos. Desta maneira, claro que os cidadãos ficam indignados, além da forma arbitrária do policial tratar os manifestantes, das desapropriações, etc.

"Lamentável estarmos utilizando este evento de forma tão mal feita. O Brasil está deixando uma impressão péssima", diz ele se referindo às estruturas, trens, aeroportos, rede hoteleira, feriados nos dias de jogo.
Há menos de um mês da Copa, estamos com tudo por fazer. Não há como não haver um paralelo com a copa de 1950, onde o Maracanã ficou pronto na véspera e os jogos foram realizados com escombros e andaimes.

Sobre as manifestações, ele afirma que a tecnologia está ajudando a nos entendermos e sermos mais participativos, somos agentes capazes de intervir no processo político.
Apreensivo, ele diz que está tudo sendo feito de uma maneira muito amadora e as consequências podem ser imprevisiveis.
"Imagina que situação: Brasil faz a Copa do Mundo pra ser um cartão de visitas de ingresso ao primeiro mundo, ao mundo desenvolvido, e de repente vai passar pela porta dos fundos porque vai ter violência, vai ter desentendimento, conflito. Eu espero que não, torço que não, mas estou convencido que a chance de haver de haver é muito maior que a de não haver as manifestações."

Ouça na íntegra.



http://copaparaquem.blogspot.com.br/2014/05/entrevista-com-luiz-leo-puc-rio_15.html

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Menos de 30 dias…

Passados mais de seis anos da confirmação da candidatura do Brasil a sede da Copa do Mundo de Futebol de 2014, nada ficou pronto. Das 12 cidades-sedes (parte delas exigidas pelas autoridades públicas brasileiras à revelia dos organizadores do evento) nenhuma está completamente acabada. E poucos dos projetos que integram a matriz de responsabilidades assumidas pelos entes federativos serão integralmente concluídos, antes do apito inicial para a primeira partida, na tarde de 13 de junho próxima.

Exagero dos críticos ? O velho complexo de vira latas ? Ocaso do destino ? As explicações para tentar justificar os descompassos são muitas, mas a conclusão mais lógica para sintetizar o problema é uma só: haverá Copa, mas bem distante das projeções ufanistas (repetidas quase como um mantra) nas esferas governamentais: “será a melhor Copa de todos os tempos”.  Não será. E o Brasil corre sério risco de passar uma imagem deplorável para o mundo. O tal legado intangível está seriamente comprometido –a custa de um investimento público que, “nunca na história deste país (e de nenhum outro)” jamais se fez.

Noves fora a completa ausência de planejamento e uma visão estratégica míope  -pois magalomana-, não são apenas as inconsistências no projeto que explicam o fracasso. Reduzir aos notórios desvios e a malversação de recursos públicos é outro grave erro: a culpa do descalabro nas contas não está somente no mau-caratismo dos agentes inescrupulosos que vampirizam o evento. Assim como, não se restringe à incompetência e à péssima qualidade dos serviços prestados pelo empresariado nacional os motivos do caos instalado. Sozinhos, nenhum destes fatores seriam capazes de semear tanta desgraça.  A maior lição que se poderia tirar do evento é que estamos completamente despreparados para um maior protagonismo internacional. Seja lá em que área for.

A Copa é apenas um reflexo do que somos, como nação. Na ambição desmedida de integrarmo-nos a uma lógica global, a atração dos grandes eventos internacionais servirá como um espelho de narciso às avessas. O mundo descobrirá um país com péssima infra-estrutura (de transportes, de alimentação, de hospedagem, de telecomunicações, dentre outros), inseguro, violento e profundamente desorganizado –além de desunido como nunca !

O menor dos problemas nesta altura (de um campeonato que sequer começou) são os estádios -pasmem !!!-, ainda inacabados. Ou as obras de infra-estrutura, quando não sumariamente abandonadas, em ritmo frenético (mas longe de sugerir a viabilidade de sua conclusão) no entorno das cidades que receberão os jogos. Inaceitável é o caos absoluto no cotidiano das populações e o dispêndio de dinheiro sem nenhum critério, para tentar deixar tudo pronto.

Naturalmente, existe uma enorme diferença entre deixar pronto e fazer bem feito. Os gastos desenfreados não tem qualquer compromisso com a moralidade e a transparência prometidos deste o início, pelos principais agentes envolvidos. E nisso erramos todos: políticos, empresários, cidadãos. O orçamento global sofreu aumento desmedido e algumas cidades tiveram majoração nas verbas comprometidas com a construção dos estádios na ordem de 100% (como é o caso do Maracanã, cuja reforma saltou de R$ 600 mi para R$ 1.2 bi). Deixar como está é inadimissível, seja em que nível for.


Não há dúvida que o povo brasileiro deixará aflorar sua alma alegre e promoverá uma bonita festa para celebrar o segundo mundial no país. Mas, as evidências de que não existem mais bobos (nem dentro, nem fora dos gramados) está mais do que cabalmente demonstrada em cada rua vazia de decorações festivas e em cada dorso desnudo da camiseta verde amarela, que antes tanto nos enchia de orgulho e esperança. O Brasil está mudando e não será surpresa sairmos desta experiência, senão campeões da bola, quem sabe, aprendizes de um ativismo cívico, cuja partida principal teremos a chance de disputar, nas urnas, meses após a bola ter parado de rolar. E é lá onde não podemos fazer feio...

Projeto Toda Poesia: Mulheres malditas, Charles Baudelaire

Qual é o seu poema favorito? De qual trecho de música você mais gosta? E o texto de peça que mais te toca? Qual é seu livro favorito? O que é especial pra você? TODA POESIA é um canal que reúne em vídeo os textos favoritos de quem apóia a livre manifestação da arte em texto. 

Direção Geral: Guilherme L. Pina

Produção e Assistência de Direção: Clarissa Braga
Assistência de Produção e Still: Julia Maria Ferreira