quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Entrevista








NEGÓCIOS
ONLINE | Marketing | 15.JAN.14 - 16:54 | Atualizado em 16.01 - 02:25

Dobradinha Botafogo-Telexfree mostra descuido de clubes com imagem

Clubes de futebol estão mais preocupados com dinheiro do que com imagem, dizem especialistas

Por André JANKAVSKI
No início da semana, o Botafogo acertou o patrocínio com a Telexfree, empresa acusada de pirâmide financeira, que estampará seu logo na camisa alvinegra até o fim de 2014. O anúncio gerou surpresa pelo fato da companhia estar impedida de atuar no País. Apesar de ser algo incomum, não foi a primeira vez que isso ocorreu no futebol brasileiro.

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Botafogo estampará logo da Telexfree na barra e no ombro das camisas de treino e jogo até o fim de 2014

Em 2000, o Santos teve o apoio do Alpha Club, clube de turismo que oferecia descontos em hotéis no País e acusada do mesmo golpe da Telexfree. Mesmo encerrando as atividades em maio daquele ano, a companhia continuou na camisa da equipe paulista até o término da temporada. No fim de 2001, o Alpha Club foi condenado a ressarcir os seus sócios. "A necessidade de dinheiro faz os clubes pensarem apenas no montante", afirma o consultor esportivo Amir Somoggi. "Eles esquecem o projeto e de como podem potencializar a parceria com as empresas."

Além do caso do Santos, outras equipes brasileiras arriscaram seus mantos em ações polêmicas. No ano passado, o Paraná Clube utilizou o gancho de uma sexta-feira 13 para fazer a propaganda de um cemitério. Já seu arquirrival, o Coritiba, anunciou shows da cantora Cláudia Leitte e do grupo Skank em comemoração do seu centenário, em 2009. O problema é que os dois foram cancelados dias depois. Para o professor de marketing esportivo da PUC-RJ, os clubes esquecem que a camisa é o seu maior patrimônio. "Eles não entendem a publicidade negativa que essas ações podem gerar”, diz Luiz Léo.
  
Os patrocínios nas camisas de futebol representam uma importante fonte de receita para os clubes brasileiros. De acordo com estudos de Somoggi, em 2012, os clubes brasileiros receberam R$ 523 milhões em patrocínios e publicidade, cerca de 17% do total arrecadado. As dívidas, no entanto, não param de subir e atingiram R$ 4,5 bilhões naquele ano.

Com um endividamento de R$ 613 milhões, o segundo maior do País, o Botafogo decidiu arriscar e aceitar o dinheiro da empresa americana. Os valores ainda não foram divulgados. "É compreensível o Botafogo aceitar, ainda mais com a interdição do estádio do Engenhão", afirma Léo, da PUC-RJ. "Mas do ponto estratégico não foi a decisão mais inteligente."

E o Botafogo vem percebendo isso com a repercussão negativa da parceria: o seu patrocinador principal, a empresa de bebidas Viton 44 já anunciou que não ficou contente com a escolha da Telexfree. Para completar, o clube ainda sofre com problemas dentro de campo com a aposentadoria do seu principal jogador e garoto-propaganda, o holandês Clarence Seedorf. “Se houvesse um termômetro para medir a imagem, a do Botafogo estaria bem afetada”, afirma Somoggi.

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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Sala debate desta semana discute o futebol no país da copa

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Você gosta de futebol? Torcer pela seleção ou pelo seu time faz parte da sua rotina? Conhece alguma criança que sonhe em jogar pelo clube do coração? O Sala Debate desta noite discute o futebol no Brasil.
Seleção brasileira treina no MaracanãAtraídos pelos bons resultados da seleção brasileira, a vida glamurosa e os salários milionários, muitos meninos e meninas sonham em jogar futebol. O sonho, porém, passa por um longo caminho: as peneiras, nas quais os clubes selecionam jovens talentos para suas equipes por meio de testes que duram vários dias.
Mesmo os aprovados enfrentam outras dificuldades: dos mais de 30 mil jogadores registrados na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), 82% recebiam até dois salários mínimos em 2012. Muito longe dos milhões de euros semanais de seus ídolos. Além da formação dos atletas, muitas vezes precária, o programa fala também sobre a preparação do Brasil para receber sua segunda Copa.
Marcada por problemas com a transparência do uso de recursos públicos, a Copa do Mundo brasileira já igualou os atrasos da África do Sul e gerou endividamento de 30% em oito cidades-sede, que alegam falta de receitas com impostos para execução das obras. As obras para o Mundial já registraram seis mortes de operários, sendo cinco em estádios que receberão os jogos.
Ao fim de um 2013 violento, o Sala Debate aborda também a atuação das torcidas brasileiras e o Bom Senso FC, movimento que conta com mais de mil jogadores profissionais e cobra melhores condições no futebol.
O programa recebe Maurício Murad, sociólogo; Pedro Trengouse, consultor da ONU para o Mundial; e Luiz Léo, professor de marketing esportivo e agente esportivo. Pela Internet participa também o jogador do Corinthias Paulo André, porta-voz do Bom Senso FC.
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QUANDO VER
Sala Debate
Exibição: terça-feira, 21h
Dia: 10 de dezembro
Reprise: domingo, dia 15 de dezembro

http://www.futura.org.br/blog/2014/01/07/sala-debate-desta-semana-discute-o-futebol-no-pais-da-copa/

Sala Debate 07/01/2014 - Futebol no País da Copa 2014 (Parte 02)

Sala Debate 07/01/2014 - Futebol no País da Copa 2014 (Parte 01)